Como referi anteriormente, o natural está na “ordem do dia”, a procura dos sabores genuínos dos ingredientes com que se cozinha e o verdadeiro sabor de um produto de qualidade é uma constante, principalmente nos menus mais arrojados de um Chef, com conhecimentos de gastronomia molecular.
Não é de facto estranho que nas cartas dos considerados restaurantes top, apareçam as “ bombas de aromas” naturais, tais como, os extractos, os destilados, os liofilizados... A acompanhar estes sabores nus, lêem-se os germinados (alfalfa, manjericão, rabanete, soja); as sementes (de papoila, girassol, melância, abóbora, linhaça, sésamo), oleaginosas (como a avelã, a amêndoa, a noz, o pinhão, a castanha do Brasil), os cereais (tais como a quinoa, o bulgur, o millet), que não só contêm um aporte nutricional (ricos em minerais e vitaminas), como desempenham um papel muito importante em termos de estética e sabor! (second foto IDEAS IN FOOD)
Like I`ve said before, the natural is in fashion today, the search for the genuine flavour of the ingredients, the true flavour of a quality product is a constant, specially in the menu design by a Chef with molecular gastronomy knowledge.
It’s not strange at all that we find in the menus of the top restaurants, things like natural “flavour bombs”, such as extracts, distillated juices, lyophilized vegetables and fruits,… Accompanying these naked flavours you can find, germinated seeds (such as alfalfa,…, radish, soy); dry seeds (such as poppy seeds, basil seeds, watermelon, pumpkin, sesame), oily seeds or nuts (such as hazelnuts, almonds, Brazil nut, pine nuts), the cereals (like quinoa, bulgur, millet), that have ant nutrition role, but also give an aesthetic a flavour important contribute.
Os germinados ou rebentos novos de sementes têm sido parte da alimentação chinesa há milhares de anos e com muita razão, pois são alimentos muito energéticos, grande fonte de vitaminas e minerais.
Produzir germinados: São muito fáceis de fazer crescer, basta escolher sementes (ervilhas secas, alfalfa, linhaça, feijões, rabanete, manjericão, etc), deixá-las de molho em água de um dia para o outro (ou mais de 24h para sementes maiores) e escorrê-las. Para as fazer grelar, colocar as sementes num frasco e atar um pouco de gaze à volta do gargalo. Manter as sementes num local morno e escuro e passá-las por água fresca três vezes por dia, escorrendo-as de cada vez. Depois de 3 a 5 dias estão prontas a consumir.
O consumo de cereais não significa o uso de papas para o pequeno-almoço, produzidas a partir de alimentos refinados (como os Corn Flakes), ou a adição de farelo a sopas ou qualquer outra combinação ou mistura mais ou menos sofisticada. Ingerir cereais implica consumirmos produtos como arroz, massas, cuscuz, pão, cevada, centeio, maçarocas de milho, flocos de aveia, bulgur, quinoa, trigo-sarraceno, millet e muitos outros, em especial sob a sua forma integral. Os cereais integrais fornecem ao organismo uma nutrição adequada e recentemente descobriu-se que contêm serotonina, uma substância que acalma significativamente o sistema nervoso. Também os açúcares presentes nestes alimentos são açúcares polissacáridos, ou açúcares complexos, compostos por várias moléculas, que se desdobram lentamente no organismo e são absorvidos nos intestinos, fornecendo uma energia gradual e dando uma resistência enorme. Quando comemos regularmente cereais conseguimos manter níveis de energia e vitalidade regulares e sentimo-nos muito menos cansados. Infelizmente, e em particular desde a II Guerra Mundial o consumo destes alimentos decresceu de uma forma muito acentuada; não apenas isso, mas a qualidade dos cereais modernos é francamente má e a maioria das pessoas acaba por comer apenas pão branco, completamente desprovido de vitaminas importantes do complexo B e de proteínas, ou arroz ou massas refinadas, também deficientes nos mesmos nutrientes. Assim sendo, os cereais integrais ou semi-integrais devem ser incluídos em todas as refeições. Quando cozinhar, comece a habituar-se ao sabor e textura dos cereais integrais, verá que não se arrepende e que os efeitos se começarão a fazer sentir no seu bem-estar e vitalidade.
As sementes e as oleaginosas, são consideradas o alimento do cérebro. A sua carência provoca falhas de memória e dificuldade de concentração. As sementes oleaginosas ainda contêm ácido fólico, que beneficia a reprodução das células e vitamina E, que as protege do envelhecimento. Noz, castanha e amêndoa são excelentes reservas de gordura monoinsaturada, que faz parte da formação do bom colesterol. Possuem ainda cobre, um mineral que facilita a contracção das fibras do músculo cardíaco.